A luz exerce influência direta sobre diversas funções do corpo humano, incluindo o ciclo sono-vigília, estado de alerta, humor, cognição e metabolismo. A interrupção ou dessincronização prolongada do ritmo circadiano e dos hormônios relacionados — por exemplo, pela exposição à luz intensa durante a noite — tem sido associada a obesidade, diabetes, depressão, distúrbios metabólicos e até câncer.
Exposição à Luz nos Tempos Modernos
No passado, nossa rotina de iluminação era marcada por:
- Luz solar brilhante e azulada pela manhã
- Luz mais quente à tarde
- Escuridão total à noite
Hoje, porém, estamos expostos a níveis de iluminação artificial desde cedo até altas horas da noite. Essa constante exposição pode enviar sinais incorretos ao cérebro, reduzindo o estado de alerta durante o dia e prejudicando os padrões de sono à noite.
Pesquisas recentes nos Estados Unidos mostram que 1 em cada 3 americanos dorme menos do que o necessário.
Iluminação em Ambientes de Trabalho e Estudo
Os espaços de trabalho e estudo devem:
- Ter acesso adequado à iluminação natural.
- Utilizar iluminação artificial com padrões de cor próximos à luz solar, para induzir estados de prontidão saudáveis e produtivos.
Luminárias e controles especializados podem reproduzir os padrões da luz externa, ajustando intensidade e cor ao longo do dia.
Estratégias para o Sono
Para favorecer um sono profundo e reparador:
- Instalar cortinas blackout ou outras formas de vedação da luz nos quartos.
- Utilizar iluminação noturna de baixa intensidade e mínima luz azul, preferencialmente acionada por sensores de movimento.
- Evitar dispositivos eletrônicos antes de dormir. Quando inevitável, ativar o modo noturno ou escuro, que reduz a emissão de luz azul — a mais prejudicial para a produção de melatonina e para a qualidade do sono.