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Práticas sustentáveis na Construção Civil

09 de diciembre

4 min. de leitura

Práticas sustentáveis na Construção Civil

Redirecionando a Arquitetura: Como a Prática Profissional Conduz à Construção Sustentável

A formação de um arquiteto costuma se apoiar em pilares clássicos da arquitetura — estética, funcionalidade e técnica. Porém, a vivência prática nas empresas de projeto e construção civil revela rapidamente outra camada dessa profissão: o enorme impacto ambiental gerado pelo setor. Ao observar o consumo massivo de materiais, o volume de resíduos e o peso das obras que moldam nossas cidades, muitos profissionais se veem diante de uma realidade inegável: a construção civil é uma das indústrias que mais contribuem para o desequilíbrio ambiental global.

Essa tomada de consciência frequentemente desperta uma mudança profunda de direção na carreira. Não se trata de negar a necessidade de desenvolvimento urbano, mas de questionar como este desenvolvimento é realizado. A busca por métodos construtivos mais limpos — como sistemas pré-fabricados, materiais de baixo impacto, soluções circulares e a aplicação de ferramentas técnicas como a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) — mostra que é possível projetar com responsabilidade sem abrir mão de qualidade ou inovação.

O grande poder do arquiteto está justamente na escolha: selecionar materiais, sistemas, fornecedores e estratégias que reduzam impactos ao longo de todo o ciclo de vida da edificação. E ainda que ninguém precise dominar todos os aspectos técnicos da sustentabilidade, criar pontes com especialistas torna-se essencial. É um ato de responsabilidade, mas também de liderança.

A célebre frase de Gandhi — “Seja a mudança que você quer ver no mundo” — ecoa com força no campo da arquitetura contemporânea. Projetar com consciência ambiental não é apenas uma tendência: é um compromisso ético com o futuro da profissão e do planeta. Ao adotar novas práticas, cada arquiteto contribui para um setor mais equilibrado, eficiente e alinhado ao que o mundo exige hoje.


Parceria Pachamama + CASACOR: Um Novo Marco para a Compensação Ambiental na Construção Civil

A compensação ambiental muitas vezes parece um tema distante da rotina dos profissionais de arquitetura, mas a parceria entre a CASACOR SP 2024 e a Pachamama demonstra que é totalmente possível integrar essa prática ao dia a dia do setor. A iniciativa quantifica e compensa as emissões de CO₂ geradas pelas obras e materiais utilizados nos ambientes da mostra, aplicando uma metodologia rigorosa baseada em Análise do Ciclo de Vida (ACV) — um trabalho desenvolvido com apoio técnico da Sustentech.

Fundada por Bruno Gagliasso, João Marcello e Rodrigo Rivellino, a Pachamama mapeia as emissões do processo construtivo “da extração ao uso”, garantindo que a compensação seja real e transparente. A CASACOR ainda ampliou o impacto permitindo que visitantes adquiram ingressos com compensação de carbono, reforçando a mensagem de que “nossa primeira casa é o Planeta Terra”.

Os créditos gerados são administrados pela Greener Tokens em parceria com a Fazenda Floresta Amazônica, em Apuí (AM), contribuindo diretamente para a conservação da Amazônia e para o desenvolvimento sustentável da região.

Essa colaboração marca um avanço importante para um setor que responde por uma parcela significativa das emissões globais de gases de efeito estufa. Ao envolver arquitetos, fornecedores e visitantes, a CASACOR mostra que a sustentabilidade pode — e deve — ser incorporada desde a concepção até a entrega final.

A seguir, alguns destaques de profissionais que participaram da iniciativa:


Carla Felippi – Ambiente 3 | “Afeto”

Carla integra peças artesanais, materiais sustentáveis e escolhas conscientes que celebram memórias afetivas e a arte brasileira. Seu projeto reforça que estética e responsabilidade ambiental caminham juntas.


Adriana Farias – Ambiente 60 | “Hutukara”

Inspirada na natureza e nas culturas tradicionais, Adriana utiliza quartzito, ladrilhos hidráulicos e soluções de baixo impacto. Para ela, arquitetura sustentável começa na concepção e se fortalece com a escolha de materiais locais.


Barbara Dundes – Ambiente 48 | “Casa Tao”

Barbara cria uma narrativa que conecta passado e futuro, destacando materiais naturais, técnicas artesanais e uma árvore central que simboliza a integração entre espaço construído e natureza.


Sala2 Arquitetura – Ambiente 55 | “Casa Urucum”

O escritório explora inovação e ancestralidade por meio de granito avermelhado e padrões de madeira trançada, valorizando saberes tradicionais como ferramenta de sustentabilidade.


Studio Roca – Ambiente 13 | “Loft Celmar 2064”

O projeto mescla rusticidade e modernidade, prioriza luz natural e adota soluções atemporais, reforçando que ambientes sustentáveis também precisam ser duráveis.


Essa aproximação entre design, responsabilidade climática e compensação de carbono demonstra um novo caminho para a arquitetura brasileira: mais consciente, tecnicamente embasada e capaz de inspirar tanto o setor quanto o público geral.

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