Em um mercado cada vez mais orientado por critérios ESG (Environmental, Social and Governance), a busca por certificações ambientais — como LEED, WELL, EDGE e AQUA-HQE — deixou de ser um diferencial e passou a ser um requisito estratégico.
No entanto, uma pergunta recorrente entre investidores, gestores e incorporadores é: como mensurar o retorno sobre o investimento (ROI) em certificações ambientais?
Neste artigo, abordamos os principais fatores que compõem o chamado ROI Verde, apresentamos metodologias de cálculo e destacamos como as certificações impulsionam o valor dos ativos de forma tangível e intangível.
1. O que é ROI Verde?
O ROI Verde é uma métrica que busca mensurar o retorno financeiro e estratégico obtido a partir dos investimentos realizados em projetos e certificações de sustentabilidade.
Diferente do ROI tradicional, que se concentra apenas no retorno financeiro direto, o ROI Verde também considera benefícios intangíveis, como:
- Valorização do imóvel
- Redução de riscos regulatórios
- Reputação corporativa e atração de talentos
- Fidelização de clientes e ocupantes
- Acesso facilitado a crédito sustentável e investidores institucionais
2. Quais são os principais componentes do ROI Verde?
a) Redução de custos operacionais
- Empreendimentos certificados apresentam significativa eficiência no uso de recursos, resultando em:
- Menor consumo de energia elétrica (até 30%, segundo o USGBC)
- Redução no consumo de água (até 50% com sistemas eficientes)
- Custos mais baixos com manutenção e operação predial
b) Valorização patrimonial
Estudos de mercado mostram que imóveis certificados podem ter uma valorização de 10% a 20% no valor de venda ou locação, além de apresentarem menor tempo de vacância.
c) Acesso a financiamento verde
Empreendimentos sustentáveis têm acesso facilitado a linhas de crédito com melhores condições, como taxas reduzidas e prazos estendidos, por meio de programas de financiamento sustentável.
d) Mitigação de riscos
Projetos alinhados com critérios ambientais estão mais preparados para:
Cumprir regulamentações ambientais cada vez mais rigorosas
Prevenir passivos ambientais
Minimizar riscos reputacionais
e) Benefícios intangíveis
Incluem o fortalecimento da imagem institucional, a atração e retenção de talentos e uma maior aceitação social e de investidores.
3. Como medir o ROI Verde?
Embora cada projeto possua suas especificidades, a estrutura básica para calcular o ROI Verde envolve a seguinte fórmula:
ROI Verde = (Benefícios Totais – Investimento Total) ÷ Investimento Total
Exemplo prático:
Investimento total na certificação (consultoria, simulações, taxas e obras complementares): R$ 500 mil
Economia anual estimada com eficiência energética e hídrica: R$ 150 mil
Valorização patrimonial: + R$ 1,2 milhão no valor de mercado
Acesso a crédito com redução de custos financeiros: R$ 50 mil/ano
Em cinco anos, o empreendimento acumularia:
Economia operacional: R$ 750 mil
Benefícios financeiros indiretos: R$ 250 mil
Valorização patrimonial: R$ 1,2 milhão
ROI Verde em 5 anos = (R$ 2,2 milhões – R$ 500 mil) ÷ R$ 500 mil = 340%
Ou seja, o investimento se paga rapidamente — e o ganho agregado é substancial.
4. Fatores que influenciam o ROI Verde
- Tipologia do empreendimento: prédios corporativos, shopping centers e indústrias apresentam diferentes potenciais de ganho.
- Localização: mercados que valorizam práticas sustentáveis tendem a potencializar o retorno.
- Gestão operacional: é essencial manter práticas sustentáveis após a certificação para garantir a continuidade dos benefícios.
- Nível de certificação: selos como LEED Platinum ou WELL Platinum geralmente geram maior retorno, mas também exigem maior investimento.
5. Como a Sustentech apoia na maximização do ROI Verde
A Sustentech atua como parceira estratégica em todas as etapas do processo, garantindo que cada real investido em certificação gere o máximo de retorno, por meio de:
Consultoria técnica especializada, focada na viabilidade econômica das soluções
Análises de custo-benefício para orientar tomadas de decisão
Gestão eficiente dos processos de certificação, evitando retrabalhos e custos adicionais
Treinamento e capacitação de equipes internas, garantindo a manutenção dos resultados
6. Certificação como investimento, não como custo
A visão de que certificações ambientais representam um custo está cada vez mais ultrapassada.
Na prática, tratam-se de investimentos estratégicos que geram retornos concretos — financeiros, reputacionais e operacionais.
Empreendimentos certificados não apenas consomem menos recursos, como também se destacam no mercado, atraem melhores locatários e investidores, e permanecem resilientes frente às mudanças regulatórias e climáticas.
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